O papel do advogado na empresa
No início da minha carreira, trabalhei num departamento jurídico que atendia duas empresas de um mesmo grupo empresarial e para fazer frente à demanda de serviços jurídicos necessitava de 10 advogados e 4 secretárias que respondiam por tudo, desde o contencioso cível, tributário e trabalhista, além contencioso administrativo e o consultivo em todas as áreas.
No entanto com o passar dos anos este cenário mudou muito e os departamentos jurídicos de empresas passaram por transformações. Deixaram de ser pequenos escritórios de advocacia alocados dentro de empresas.
Atualmente as empresas que ainda mantém advogados em seus quadros de colaboradores, optam por profissionais com perfil generalista e com especializações em outras áreas , como controladoria e contabilidade. Quando a empresa precisa de um advogado especializado, cabe a este profissional buscá-lo no mercado e negociar as condições para a prestação dos serviços.
Este profissional já não atua mais como um consultor legal, como ocorria no passado, servindo apenas para alertar a empresa sobre os riscos que corria. Atualmente o advogado precisa ter conhecimento do mercado e de aspectos ligados à área produtiva da empresa, para se posicionar adequadamente, pois sua orientação poderá trazer sérios prejuízos à empresa e perda de competitividade.
Muitas vezes a contratação de um advogado com este perfil cabe no orçamento das empresas que ao buscar um escritório para assessorá-las, acabam encontrando profissionais que dedicaram toda a sua carreira ao trabalho em escritórios e que por este motivo não estão familiarizados com as demandas do mundo corporativo.
Quando montei o Wagner Odri Advogados me deparei com estas duas realidades – a que vivi por muitos anos como advogado responsável pelo departamento jurídicos de empresas que tinha como atribuição contratar serviços legais terceirizados e a experiência de estar do outro lado do balcão e conhecer melhor as necessidades do cliente.
Em pleno século XXI é extremamente importante que o profissional do direito entenda o que o cliente espera. A agilidade é fundamental para o desempenho de um bom trabalho. Não há mais espaço para advogados com dificuldades para entender a dinâmica de uma empresa e orientá-la com base em suas crenças e valores. Nem para advogados que retornam ligações no dia seguinte ou que não disponibilizam o número do celular.
Longos pareceres com dezenas de citações e transcrições de jurisprudência e doutrina são muito interessantes para advogados, mas nem sempre atendem a necessidade do empresário que precisa tomar decisões rapidamente.
Esta advocacia mais antenada e atenta as necessidades do cliente, onde o advogado possui papel estratégico dentro da corporação, gerando crescimento e novos negócios me encanta.
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